As cinco Fênix

Eurípedes Kühl

Nas minhas caminhadas passo por muitas árvores e depois de algum tempo entro em sintonia com muitas delas.

Não faz muito tempo tive a tristeza de ver que uma tinha sido atingida por um raio, na madrugada, e estava tombada, com o tronco esfacelado.

No dia seguinte, passando por ali, notei que os homens haviam retirado os galhos da árvore e com motosserra deixado apenas cerca de meio metro do tronco.

Aquele era o fim da “minha amiga árvore”...

Dizem que o Tempo é o mecânico da Vida e que Deus o utiliza para consertar tudo o que necessita de ser consertado.

Pois não é que, para minha grata surpresa, meses depois notei que brotos estavam partindo do pedacinho de tronco, dirigindo-se para o céu? Sim, minha amiga estava viva!

Feliz, fiz uma prece de agradecimento ao Supremo Criador.

 

Agora em 2017, quando a Primavera chegou, a amiga “fênix” mostrava pujante folhagem, comprovando que lutara pela Vida e que vencera a morte!

Em outros roteiros para as caminhadas deparei-me também com mais quatro “fênix”. Se me permitem o pleonasmo, mais quatro vitoriosas fênix.

Oportuno refletir na bênção da Proteção Divina àqueles que, plenos de inquebrantável fé, superam as adversidades da Vida e se tornam vitoriosos.

Hosanas ao Criador!

* = Na mitologia grega Fênix era uma poderosa ave que entrava em combustão, morria, mas depois de algum tempo renascia das cinzas.

O mito dessa bela ave surgiu com o objetivo de explicar a natureza cíclica do nascer e do pôr do Sol.

Com o passar do tempo, a Fênix passou a ser um emblema de ressurreição.

Na Idade Média, os cristãos a consideraram uma ave sagrada, símbolo da ressurreição de Cristo, bem como do triunfo da vida sobre a morte.