Voando nas
asas azuis da graciosidade.
Pairando nos
jardins e sobre as flores,
Belo colibri,
isento da gravidade,
A todas falava
do amor... e de amores.
À pequenina
ave que Deus contemplou
Com asas
invisíveis, muito ligeirinhas,
Uma rosa
bonita de perto olhou
(Tudo
assistido pelas outras florzinhas).
Tamanha
amizade entre ambos aflorou
Que o Sol,
mais do alto, os abençoou.
Dizem que até
hoje todos os jardineiros
Ao
aproximar-se dos jardins um beija-flor
Olham para
cima e sentem verdadeiros,
Das rosas,
menos o perfume, mais o rubor.
* *
*
Jardins e
flores.
Mediunidade e
médiuns.
É mais fácil
encontrar uma planta sem flor do que um ser humano sem mediunidade.
Assim como as
flores remontam ao início do mundo, também desde o início da evolução o homem
já era médium.
As flores são,
segundo a botânica, os continentes dos órgãos reprodutores da planta. Em seu delicado interior está implantado
sábio e meigo sistema de continuidade de vida dos vegetais.
Nas flores,
suas cores, múltiplas, incontáveis, puras e maravilhosas, refletem o mesmo que
as mediunidades exercidas com o Evangelho.
Já os vários
perfumes das flores, que a tantos agradam, juntamente com as delicadas
aparências, travestidas de matizes que só Deus poderia lhes imprimir, podem, no
âmbito do Espiritismo, ser comparáveis
às mediunidades bem aplicadas, promovendo o Bem; cada boa ação a benefício do próximo, tem
cores próprias e exala o inigualável perfume do Amor!
Os botânicos
dedicam seus melhores esforços na pesquisa das flores, e isso há já muito
tempo. Também a nós outros, contemplados
pelo farol kardequiano, prudente será divisar a melhor aplicação das
possibilidades que o Grande Jardineiro — Jesus —, nos haja confiado. E isso, mediunidade a mediunidade, médium a
médium.
Os jardins
agrupam flores.
Os Centros
Espíritas agrupam médiuns.
Os meigos
colibris e beija-flores (que por falta de melhor expressão poética auxiliam-me
no simbolismo da poesia que dou como presente a todos os irmãos e irmãs)
representam os bons e iluminados Protetores que visitam os grupos
mediúnicos. Tais grupos, vistos do Plano
Maior, são quais jardins, tendo os médiuns por jardineiros, e as flores por
caridade mediúnica, cujo perfume espiritual sensibiliza, com sua meiguice, um
irmão na dor.
Um doente,
encarnado ou desencarnado, que é atendido em razão da mediunidade, ou das
mediunidades, sente a mesma alegria e o mesmo encanto de quem recebe flores
como presente.
(Mensagem do Espírito Josué, psicografia do médium E.Kühl, livro "Âncoras de Luz", 2003, LEB, Bagé/RS - edição esgotada)
(Mensagem do Espírito Josué, psicografia do médium E.Kühl, livro "Âncoras de Luz", 2003, LEB, Bagé/RS - edição esgotada)
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