Vida e morte: duas certezas...
Qualquer fato
tem no mínimo duas versões.
Isso quer dizer
que uma delas pode ser verdadeira e a outra, falsa.
Tanto uma como
a outra podem não contar com 100% de veracidade ou de mentira.
Esse ponto de
vista me leva a refletir que a verdade verdadeira, assim como a mentira
completa, podem inexistir: é sempre possível que aquela tenha uma pitada de
mentira e esta, algo de veracidade...
Disso se depreende
que quando alguém afirma ter “certeza absoluta” de alguma coisa, a única “certeza”
é que essa pessoa, sendo sincera, talvez esteja dizendo a verdade, mas, ainda
assim, pode estar mentindo, embora sem querer.
Velho ditado
popular reza que “na vida, a única certeza é a morte”.
Para a grande
maioria dos habitantes da Terra isso é verdade, mas para inexpressiva minoria,
não. E essa minoria crê piamente que está com a razão, isto é, que a morte não
existe.
— Quais pessoas
fazem parte desse pequeno grupo?
As que creem na
vida eterna e, mais particularmente, na reencarnação: budistas, hinduístas,
espíritas e mais algumas correntes do pensamento religioso. Católicos,
conquanto creiam na vida eterna, descreem das vidas sucessivas.
Desse modo,
para aquele grupo a morte não existe.
Podemos inferir
que seus componentes intuem, sem poder prová-lo, que o corpo perece, mas a alma
é imortal. Disso se conclui que sua crença na vida eterna não exclui a morte
física, e, considerando-se tal assertiva, quando dizem que a morte não existe
estão dizendo uma verdade parcial.
E aqueles que
acreditam na alma (os católicos, por exemplo), mas não na reencarnação, “tendo
certeza de que a morte existe”, navegam em águas algo contraditórias, isto é,
há morte, mas há vida (eterna)...
Aconselho que
sobre as coisas deste mundo ninguém radicalize.
Ao contrário,
olhe as duas faces da moeda e dê a César o que é dele e a Deus gratidão pela
única e inquestionável certeza: a de que vivemos, logo, existimos.
- - -
Trecho
da “Introdução” do livro Deus, Espírito e Universo, Eurípedes
Kühl, 1ªEd.,2009, Editora PETIT, SP/SP, com edição esgotada, mas em e-book grátis,
aqui mesmo neste blog; clicar na seção "Livros"
Nenhum comentário:
Postar um comentário