ANIMAIS: cuidados da responsabilidade dos donos
Enumero alguns
cuidados que os donos de animais devem ter para com eles.
Jamais se esquecerem
de que animais sentem cansaço, dor, fome, frio e que, quando doentes, têm
necessidade de cuidados médicos veterinários.
Obs:
Realizei inúmeras palestras sobre esse tema. Muitas notas são antigas e talvez
não estejam mais exatamente vigorando, ou outras mais modernas as substituíram.
Não obstante, permanecem minhas sugestões. Por falha minha não referenciei as
informações, extraindo o texto abaixo das citadas palestras.
Penitencio-me
junto aos leitores por isso.
Animais tracionando
carroças, carruagens ou charretes
A imprensa noticiou em Jan.2014 que o novo
prefeito de Nova York, Bill de Blasio tem planos para
encerrar uma das mais antigas tradições da cidade. Na segunda-feira (30), antes
de tomar posse, o prefeito anunciou que durante a sua primeira semana no cargo
pretende cumprir a promessa eleitoral de proibir passeios de carruagens puxadas
por cavalos no Central Park. Ele argumentou que a atividade é uma forma de
crueldade contra os animais .
Durante anos, os defensores dos direitos dos
animais criticam em Manhattan os passeios de carruagens puxadas por cavalos,
que remontam a 1858, dizendo que a prática é desumana e que os cavalos estão
sobrecarregados.
Os condutores das carruagens negam as
acusações de abuso dos animais, dizendo que os cavalos têm tempo de descanso
adequado ao longo do ano. Caso a proibição seja aprovada, os proprietários das
carruagens prometem tomar medidas judiciais contra o prefeito.
Se a proibição for aprovada pelo conselho da
cidade, a prefeitura pretende substituir as carruagens por veículos elétricos
antigos.
Animais sendo transportados
- jamais transportar
aves de cabeça para baixo: se forem poucas, devem ser levadas nos braços; se
muitas, em engradados, em veículos adequados;
(pensando bem: se doces, sapatos, etc., são transportados com todo o
zelo, como esquecer que as aves sofrem?);
Carga no lombo
- animais com carga
mal distribuída no lombo:
. os tropeiros
conscientes sempre equilibram proporcionalmente a carga no lombo dos animais,
com isso evitando-lhes arqueadura ou dolorosas feridas;
. latas, lenha e
outras cargas toscas, de ângulos agudos, devem tê-los amortizados com lona
grossa, de forma a não magoar o animal (geralmente, burros e mulas); os arreios
devem sempre ser adequados e estar bem ajustados;
Cargas excessivas
. exigir que um
animal tracione carga superior às suas forças é brutalidade, quando não
imprevidência; logo esse valioso auxiliar se quedará doente, debilitado,
incapaz até de tarefas menores (a lenda da
“galinha-dos-ovos-de-ouro” é de contundente transparência quanto ao mau
emprego feito dos animais úteis: nela sobressaem os prejuízos, ou lucros
cessantes, em razão da ganância humana...);
Debilidades
- animais coxos,
doentes ou velhos merecem consideração, até mais que os outros animais, devendo
ser poupados de esforços físicos, sendo-lhes concedidas condições dignas no
resto de suas vidas;
Necessidades
fisiológicas
- o animal sente
sede, fome e cansaço; trabalhar nessas condições é verdadeira tortura; o dono
ou tratador deve ter a necessária atenção para suprir essas necessidades, pois
invariavelmente o animal as demonstra: a questão é de simples cuidado em
entender a “linguagem” de tão prestimoso auxiliar;
- alguns
carroceiros, desconhecendo que nas margens de pequenos rios há focos de doenças
que se propagam aos homens - provocando a “cegueira de chiapas” - impedem seus
animais de ali saciar a sede; temem que o animal “fique cego” se tomar água no
caminho; há aí um equívoco e nenhum mal sofre o animal que beba água pelo
caminho, moderadamente; é recomendável que ao fim da jornada o animal se
refresque no mínimo por meia hora, antes de tomar água;
NOTA: Sobre o chicote... na verdade é um instrumento de
agressão, totalmente dispensável quando o dono do animal respeita-o e é-lhe
grato pela desinteressada, gratuita e permanente ajuda — garantidora do
ganha-pão do carroceiro e da sua família. Chicote: deve ser banido para sempre!
Prisão perpétua de
inocentes...
- gaiolas, aquários
e jardins zoológicos:
. tais ambientes
exigem cuidados de limpeza permanentes
. os animais neles
mantidos devem ter abundante suprimento de água, verdura e o maior espaço
possível (na verdade, melhor seria libertá-los em seus “habitats” naturais,
onde as dimensões são o céu, as águas dos lagos, rios ou mares, ou, segundo a
espécie, nas florestas...)
Ruídos e luz
excessivos
. muitos animais são
mais sensíveis que nós: ouvem sons e veem luzes que não percebemos; sabendo disso, caridoso será
poupá-los de ambientes barulhentos ou excessivamente iluminados; ali, seus nervos estarão
submetidos a sobrecarga, com prováveis sequelas, motivadoras de mudanças
comportamentais: sofrimento para o animal, eis a resultante
No trânsito
Todo motorista
consciente, quando seu veículo se aproximar de veículo sob tração animal, deve
conceder-lhe o “direito de antiguidade”.
— O que vem a ser
isso?
É o respeito pelo
animal que está usando suas energias em ambiente para o qual não foi criado,
além de não ter “carta de habilitação”.
Nessas condições, o
animal deve sempre ter a preferência.
Os carros vieram
muito depois dos animais, por isso esses não podem ser preteridos por aqueles.
Num cruzamento, por exemplo, é falta de humanidade fazer o animal parar,
concedendo preferência a um veículo motorizado. Nesse caso, quando puder
prosseguir, a força para vencer a inércia tenderá a cansar ou desgastar as
forças do animal. Já no carro, a energia é gerada por combustível, a um simples
toque no acelerador...
Tudo isso, sem
considerarmos o impacto muscular e o atrito sofrido pelas patas do animal de
carga nas ruas pavimentadas, ao “frear” a carroça para deixar o carro passar.
Aliás, indispensável
ainda que os animais de carga sejam equipados com ferraduras, as quais devem
periodicamente ser substituídas, face ao desgaste.
NOTA: Estudos arqueológicos apontam na árvore genealógica do
cavalo que os tipos primitivos apresentavam quatro dedos, no lugar da atual
unha; adaptações ao meio e velocidade de deslocamento atrofiaram os dedos que
não tocavam no chão, fazendo que desaparecessem; as duas saliências ósseas hoje
encontradas nas patas são vestígios que também desaparecerão. Ossadas cavalares cuidadosamente estudadas
comprovaram que a atrofia do primeiro dedo levou 5 milhões de anos; já para o
segundo par de dedos, foram gastos 50 milhões de anos!
Saúde dos animais - Cuidados indispensáveis
Em todos os casos de
doença os animais devem ser medicados, de preferência por Veterinário. Principalmente nas fazendas ou nos sítios,
onde são numerosos (rebanhos).
As experiências
laboratoriais comprovam que o animal é sensível às drogas e nada mais humano
(dever cristão, até), do que proporcionar alívio a ele quando enfermo - tanto
animais domésticos quanto os de rebanho.
NOTA: O jornal Folha de S.Paulo, de 09.Mar.93, no caderno
semanal “Agrofolha” traz interessante recomendação do jornalista, escritor e fazendeiro em MG,
EDUARDO ALMEIDA REIS, aos seus colegas fazendeiros, que resumimos:
“Porcos, vacas, coelhos, galinhas, carneiros — não
existe melhor investimento, numa fazenda de criação, do que a contratação de um
veterinário. Para traçar a política de defesa sanitária da empresa, estudando
as vacinas disponíveis, os vermífugos, as misturas minerais. Os bons
profissionais acabam sendo os mais baratos, porque se pagam várias vezes no
correr do ano”.
Dentista de cavalos
A odontologia
veterinária está apenas começando no Brasil - nos EUA, há 17 anos, houve uma
verdadeira “explosão”.
O problema mais comum
no cavalo é o desgaste dos dentes molares, talvez devido ao uso forçado do
cabresto, mas certamente pelo movimento de lateralidade da mandíbula. O atrito
constante de apenas um lado da superfície dental forma regiões pontiagudas que
ferem os tecidos moles. Isso acontece
com 90% dos cavalos, provocando perda do apetite, redução do peso e diminuição
da libido sexual, provocada pelo estresse. Há muita dor, semelhante à afta. Por
isso é que a cada seis meses o clínico (dentista ou médico veterinário) precisa
limar as áreas pontiagudas dos dentes, para desgastá-las e deixá-las lisas.
Outro problema
dental dos cavalos: equinos têm troca de dentes semelhante à do homem e o
não-rompimento da gengiva pelo dente, resulta na formação de cisto, causando
dor intensa. Nesse caso, quase sempre a extração é indicada.
Quem prestou estas
informações foi o Dr Marco Antônio Gioso, Professor da Faculdade de Medicina
Veterinária e Zootecnia da USP e também estudante de odontologia, da mesma
Universidade.
Homeopatia e Medicina Veterinária
Como os remédios
homeopáticos não têm sabor nem odor, geralmente são bem aceitos pelos animais,
quando dissolvidos na água ou associados à ração que lhes é oferecida.
Animais tratados por
homeopatia, prescrita por médico veterinário, apresentaram os seguintes
resultados:
. cadelinha
“pinscher” que não aceitou cobertura durante cinco cios sucessivos, com
diferentes machos, em diversas tentativas, depois de tratada com “Sépia” pariu
duas vezes
. equinos com
cólicas receberam “lycopodium”, tendo alívio
. cão pastor alemão
que sofria diarreia com sangue foi curado com “arsênico” (elemento altamente
tóxico, mas devidamente diluído - homeopaticamente)
. bovinos e equinos
com verrugas foram tratados com “arboris”
. vacas e cadelas
com falta de leite foram tratadas com “pulsatilla”.
Casos agudos
(pneumonia, otites, diarreias, etc), obtêm respostas bastante rápidas ao
tratamento homeopático.
Casos crônicos
(alergias, infertilidade, manqueira e tumores), têm a cura no tempo proporcional
ao da instalação da doença.
Advertência dos
veterinários homeopatas: remédios homeopáticos, se ministrados inadequadamente,
podem causar sérios desequilíbrios e reações secundárias.
Convívio social
Tendo em vista os
direitos dos vizinhos, é de todo conveniente que donos de animais de estimação
tomem alguns cuidados, para bom convívio social:
- evitar que cães
fiquem latindo indefinidamente, principalmente à noite (folheto britânico
sugere que, ao se viajar, o rádio seja deixado ligado em baixo volume para dar
a impressão, ao animal, que não está sozinho);
- alarmes
residenciais que disparam mediante passagem no campo magnético, devem ser
instalados de forma a não serem acionados “a toda hora” pelos animais da casa
(cães, principalmente); há casos em que até insetos disparam esses alarmes,
providos de células fotoelétricas.
- os matinais
passeios diários com cães são benéficos para esses animais, mas não podem se
transformar em tormento para as demais pessoas, obrigadas a transitar em vias
públicas com excrementos caninos; uma boa medida é conduzir o animal,
primeiramente, até um local onde suas fezes possam ser enterradas (pelo dono!)
e onde sua bexiga se esvazie “ao máximo”
NOTA: A propósito, a Prefeitura de Santos/SP começou a
instalar, em Maio/96, em caráter experimental em duas praças, “cocoletores”,
cestos exclusivos para depósito de fezes de animais. Aliás, desde Novembro/95, os donos dos 40 mil
animais domésticos de Santos estão sujeitos a multa, caso não recolham as fezes
de seus animais das ruas. Foram distribuídos gratuitamente 2.000 kits
descartáveis, que consistem de saquinhos de plástico com duas abas de papelão.
A aba maior é usada como pá, para recolher as fezes. A menor serve para
empurrar as fezes para dentro do saquinho, a ser deposito nos cestos, que têm dispositivo interno que impedem a
propagação do odor.
(Eis aí um belo
exemplo a ser seguido por todas as cidades brasileiras).
“Sanitários caninos”
Desde início de
1998, “banheiros” para cachorros (sanitários especiais) são a nova arma usada
pela Prefeitura de Paris para diminuir a sujeira da cidade: dez toneladas de
fezes que esses animais — cerca de 200 mil cães — deixam todos os dias
nas ruas.
Citados sanitários
são postes estilizados, em três modelos:
- áreas
pavimentadas, com segurança para evitar atropelamento do cão;
- em calçadas mais
largas
- em ambientes
cercados de plantas.
Tudo, à preferência
dos cachorros...
As multas, para os
donos dos cães, são pesadas: a TV, numa cena bizarra, mostrou madames (in)utilizando suas delicadas
luvas, para retirar do passeio público parisiense “aquilo” que seus cãezinhos
tinham deixado.
Em 1998, a SPCA
(Sociedade para a Prevenção e Crueldade contra Animais) instalou num
sofisticado bairro de São Francisco (Califórnia, Costa Leste dos EUA), um hotel
para animais abandonados. Seu responsável declarou que ali os animais de rua
seriam treinados a utilizar a inovação tecnológica francesa: os “banheiros de
cachorro”.
Polícia Florestal e de Mananciais
Todos os cidadãos
têm o dever de respeitar e principalmente colaborar com as atividades da
Polícia Florestal e de Mananciais.
Representam os
policiais florestais os vigilantes e defensores dos recursos naturais, atuando
preventivamente junto à sociedade, gerando proteção ao contexto ecológico
fauna-flora.
São esses abnegados
profissionais que, visando resguardar as espécies animais, de forma indireta,
solicitam à sociedade que comemore duas quase deslembradas datas:
4 de Outubro: Dia Mundial dos Animais!
(Em homenagem a São
Francisco de Assis).
5 de Outubro: Dia das Aves!
(Decreto n° 63.234,
de 12-9-1968).
Nenhum comentário:
Postar um comentário