sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Estudo - ANIMAIS: cuidados da responsabilidade dos donos


ANIMAIS: cuidados da responsabilidade dos donos

Enumero alguns cuidados que os donos de animais devem ter para com eles.
Jamais se esquecerem de que animais sentem cansaço, dor, fome, frio e que, quando doentes, têm necessidade de cuidados médicos veterinários.
        Obs: Realizei inúmeras palestras sobre esse tema. Muitas notas são antigas e talvez não estejam mais exatamente vigorando, ou outras mais modernas as substituíram. Não obstante, permanecem minhas sugestões. Por falha minha não referenciei as informações, extraindo o texto abaixo das citadas palestras.
        Penitencio-me junto aos leitores por isso.


Animais tracionando carroças, carruagens ou charretes
A imprensa noticiou em Jan.2014 que o novo prefeito de Nova York, Bill de Blasio tem planos para encerrar uma das mais antigas tradições da cidade. Na segunda-feira (30), antes de tomar posse, o prefeito anunciou que durante a sua primeira semana no cargo pretende cumprir a promessa eleitoral de proibir passeios de carruagens puxadas por cavalos no Central Park. Ele argumentou que a atividade é uma forma de crueldade contra os animais .
Durante anos, os defensores dos direitos dos animais criticam em Manhattan os passeios de carruagens puxadas por cavalos, que remontam a 1858, dizendo que a prática é desumana e que os cavalos estão sobrecarregados.
Os condutores das carruagens negam as acusações de abuso dos animais, dizendo que os cavalos têm tempo de descanso adequado ao longo do ano. Caso a proibição seja aprovada, os proprietários das carruagens prometem tomar medidas judiciais contra o prefeito.
Se a proibição for aprovada pelo conselho da cidade, a prefeitura pretende substituir as carruagens por veículos elétricos antigos.

Animais sendo transportados
- jamais transportar aves de cabeça para baixo: se forem poucas, devem ser levadas nos braços; se muitas, em engradados, em veículos adequados;  (pensando bem: se doces, sapatos, etc., são transportados com todo o zelo, como esquecer que as aves sofrem?);

Carga no lombo
- animais com carga mal distribuída no lombo:
. os tropeiros conscientes sempre equilibram proporcionalmente a carga no lombo dos animais, com isso evitando-lhes arqueadura ou dolorosas feridas;
. latas, lenha e outras cargas toscas, de ângulos agudos, devem tê-los amortizados com lona grossa, de forma a não magoar o animal (geralmente, burros e mulas); os arreios devem sempre ser adequados e estar bem ajustados;

Cargas excessivas
. exigir que um animal tracione carga superior às suas forças é brutalidade, quando não imprevidência; logo esse valioso auxiliar se quedará doente, debilitado, incapaz até de tarefas menores (a lenda da  “galinha-dos-ovos-de-ouro” é de contundente transparência quanto ao mau emprego feito dos animais úteis: nela sobressaem os prejuízos, ou lucros cessantes, em razão da ganância humana...);

Debilidades
- animais coxos, doentes ou velhos merecem consideração, até mais que os outros animais, devendo ser poupados de esforços físicos, sendo-lhes concedidas condições dignas no resto de suas vidas;

Necessidades fisiológicas
- o animal sente sede, fome e cansaço; trabalhar nessas condições é verdadeira tortura; o dono ou tratador deve ter a necessária atenção para suprir essas necessidades, pois invariavelmente o animal as demonstra: a questão é de simples cuidado em entender a “linguagem” de tão prestimoso auxiliar;
- alguns carroceiros, desconhecendo que nas margens de pequenos rios há focos de doenças que se propagam aos homens - provocando a “cegueira de chiapas” - impedem seus animais de ali saciar a sede; temem que o animal “fique cego” se tomar água no caminho; há aí um equívoco e nenhum mal sofre o animal que beba água pelo caminho, moderadamente; é recomendável que ao fim da jornada o animal se refresque no mínimo por meia hora, antes de tomar água;

NOTA: Sobre o chicote... na verdade é um instrumento de agressão, totalmente dispensável quando o dono do animal respeita-o e é-lhe grato pela desinteressada, gratuita e permanente ajuda — garantidora do ganha-pão do carroceiro e da sua família. Chicote: deve ser banido para sempre!

Prisão perpétua de inocentes...
- gaiolas, aquários e jardins zoológicos:
. tais ambientes exigem cuidados de limpeza permanentes
. os animais neles mantidos devem ter abundante suprimento de água, verdura e o maior espaço possível (na verdade, melhor seria libertá-los em seus “habitats” naturais, onde as dimensões são o céu, as águas dos lagos, rios ou mares, ou, segundo a espécie, nas florestas...)

Ruídos e luz excessivos
. muitos animais são mais sensíveis que nós: ouvem sons e veem luzes que não percebemos;  sabendo disso, caridoso será poupá-los de ambientes barulhentos ou excessivamente iluminados;  ali, seus nervos estarão submetidos a sobrecarga, com prováveis sequelas, motivadoras de mudanças comportamentais: sofrimento para o animal, eis a resultante

No trânsito
Todo motorista consciente, quando seu veículo se aproximar de veículo sob tração animal, deve conceder-lhe o “direito de antiguidade”.
— O que vem a ser isso?
É o respeito pelo animal que está usando suas energias em ambiente para o qual não foi criado, além de não ter “carta de habilitação”.
Nessas condições, o animal deve sempre ter a preferência.
Os carros vieram muito depois dos animais, por isso esses não podem ser preteridos por aqueles. Num cruzamento, por exemplo, é falta de humanidade fazer o animal parar, concedendo preferência a um veículo motorizado. Nesse caso, quando puder prosseguir, a força para vencer a inércia tenderá a cansar ou desgastar as forças do animal. Já no carro, a energia é gerada por combustível, a um simples toque no acelerador...
Tudo isso, sem considerarmos o impacto muscular e o atrito sofrido pelas patas do animal de carga nas ruas pavimentadas, ao “frear” a carroça para deixar o carro passar.
Aliás, indispensável ainda que os animais de carga sejam equipados com ferraduras, as quais devem periodicamente ser substituídas, face ao desgaste.
NOTA: Estudos arqueológicos apontam na árvore genealógica do cavalo que os tipos primitivos apresentavam quatro dedos, no lugar da atual unha; adaptações ao meio e velocidade de deslocamento atrofiaram os dedos que não tocavam no chão, fazendo que desaparecessem; as duas saliências ósseas hoje encontradas nas patas são vestígios que também desaparecerão.  Ossadas cavalares cuidadosamente estudadas comprovaram que a atrofia do primeiro dedo levou 5 milhões de anos; já para o segundo par de dedos, foram gastos 50 milhões de anos!

Saúde dos animais - Cuidados indispensáveis
Em todos os casos de doença os animais devem ser medicados, de preferência por Veterinário.  Principalmente nas fazendas ou nos sítios, onde são numerosos (rebanhos).
As experiências laboratoriais comprovam que o animal é sensível às drogas e nada mais humano (dever cristão, até), do que proporcionar alívio a ele quando enfermo - tanto animais domésticos quanto os de rebanho.
NOTA: O jornal Folha de S.Paulo, de 09.Mar.93, no caderno semanal “Agrofolha” traz interessante recomendação do  jornalista, escritor e fazendeiro em MG, EDUARDO ALMEIDA REIS, aos seus colegas fazendeiros, que resumimos:
“Porcos, vacas, coelhos, galinhas, carneiros — não existe melhor investimento, numa fazenda de criação, do que a contratação de um veterinário. Para traçar a política de defesa sanitária da empresa, estudando as vacinas disponíveis, os vermífugos, as misturas minerais. Os bons profissionais acabam sendo os mais baratos, porque se pagam várias vezes no correr do ano”.

Dentista de cavalos
A odontologia veterinária está apenas começando no Brasil - nos EUA, há 17 anos, houve uma verdadeira “explosão”.
O problema mais comum no cavalo é o desgaste dos dentes molares, talvez devido ao uso forçado do cabresto, mas certamente pelo movimento de lateralidade da mandíbula. O atrito constante de apenas um lado da superfície dental forma regiões pontiagudas que ferem os tecidos moles.  Isso acontece com 90% dos cavalos, provocando perda do apetite, redução do peso e diminuição da libido sexual, provocada pelo estresse. Há muita dor, semelhante à afta. Por isso é que a cada seis meses o clínico (dentista ou médico veterinário) precisa limar as áreas pontiagudas dos dentes, para desgastá-las e deixá-las lisas.
Outro problema dental dos cavalos: equinos têm troca de dentes semelhante à do homem e o não-rompimento da gengiva pelo dente, resulta na formação de cisto, causando dor intensa. Nesse caso, quase sempre a extração é indicada.
Quem prestou estas informações foi o Dr Marco Antônio Gioso, Professor da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP e também estudante de odontologia, da mesma Universidade.

Homeopatia e Medicina Veterinária
Como os remédios homeopáticos não têm sabor nem odor, geralmente são bem aceitos pelos animais, quando dissolvidos na água ou associados à ração que lhes é oferecida.
Animais tratados por homeopatia, prescrita por médico veterinário, apresentaram os seguintes resultados:
. cadelinha “pinscher” que não aceitou cobertura durante cinco cios sucessivos, com diferentes machos, em diversas tentativas, depois de tratada com “Sépia” pariu duas vezes
. equinos com cólicas receberam “lycopodium”, tendo alívio
. cão pastor alemão que sofria diarreia com sangue foi curado com “arsênico” (elemento altamente tóxico, mas devidamente diluído - homeopaticamente)
. bovinos e equinos com verrugas foram tratados com “arboris”
. vacas e cadelas com falta de leite foram tratadas com “pulsatilla”.
Casos agudos (pneumonia, otites, diarreias, etc), obtêm respostas bastante rápidas ao tratamento homeopático.
Casos crônicos (alergias, infertilidade, manqueira e tumores), têm a cura no tempo proporcional ao da instalação da doença.
Advertência dos veterinários homeopatas: remédios homeopáticos, se ministrados inadequadamente, podem causar sérios desequilíbrios e reações secundárias.

Convívio social

Tendo em vista os direitos dos vizinhos, é de todo conveniente que donos de animais de estimação tomem alguns cuidados, para bom convívio social:
- evitar que cães fiquem latindo indefinidamente, principalmente à noite (folheto britânico sugere que, ao se viajar, o rádio seja deixado ligado em baixo volume para dar a impressão, ao animal, que não está sozinho);
- alarmes residenciais que disparam mediante passagem no campo magnético, devem ser instalados de forma a não serem acionados “a toda hora” pelos animais da casa (cães, principalmente); há casos em que até insetos disparam esses alarmes, providos de células fotoelétricas.
- os matinais passeios diários com cães são benéficos para esses animais, mas não podem se transformar em tormento para as demais pessoas, obrigadas a transitar em vias públicas com excrementos caninos; uma boa medida é conduzir o animal, primeiramente, até um local onde suas fezes possam ser enterradas (pelo dono!) e onde sua bexiga se esvazie “ao máximo”
NOTA: A propósito, a Prefeitura de Santos/SP começou a instalar, em Maio/96, em caráter experimental em duas praças, “cocoletores”, cestos exclusivos para depósito de fezes de animais.  Aliás, desde Novembro/95, os donos dos 40 mil animais domésticos de Santos estão sujeitos a multa, caso não recolham as fezes de seus animais das ruas. Foram distribuídos gratuitamente 2.000 kits descartáveis, que consistem de saquinhos de plástico com duas abas de papelão. A aba maior é usada como pá, para recolher as fezes. A menor serve para empurrar as fezes para dentro do saquinho, a ser deposito nos cestos, que  têm dispositivo interno que impedem a propagação do odor.
(Eis aí um belo exemplo a ser seguido por todas as cidades brasileiras).

“Sanitários caninos”
Desde início de 1998, “banheiros” para cachorros (sanitários especiais) são a nova arma usada pela Prefeitura de Paris para diminuir a sujeira da cidade: dez toneladas de fezes que esses animais — cerca de 200 mil cães — deixam todos os dias nas ruas.
Citados sanitários são postes estilizados, em três modelos:
- áreas pavimentadas, com segurança para evitar atropelamento do cão;
- em calçadas mais largas
- em ambientes cercados de plantas.
Tudo, à preferência dos cachorros...
As multas, para os donos dos cães, são pesadas: a TV, numa cena bizarra, mostrou madames (in)utilizando suas delicadas luvas, para retirar do passeio público parisiense “aquilo” que seus cãezinhos tinham deixado.
Em 1998, a SPCA (Sociedade para a Prevenção e Crueldade contra Animais) instalou num sofisticado bairro de São Francisco (Califórnia, Costa Leste dos EUA), um hotel para animais abandonados. Seu responsável declarou que ali os animais de rua seriam treinados a utilizar a inovação tecnológica francesa: os “banheiros de cachorro”.

Polícia Florestal e de Mananciais
Todos os cidadãos têm o dever de respeitar e principalmente colaborar com as atividades da Polícia Florestal e de Mananciais.
Representam os policiais florestais os vigilantes e defensores dos recursos naturais, atuando preventivamente junto à sociedade, gerando proteção ao contexto ecológico fauna-flora.
São esses abnegados profissionais que, visando resguardar as espécies animais, de forma indireta, solicitam à sociedade que comemore duas quase deslembradas datas:
4 de Outubro: Dia Mundial dos Animais!
(Em homenagem a São Francisco de Assis).
5 de Outubro: Dia das Aves!
(Decreto n° 63.234, de 12-9-1968).



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