domingo, 8 de julho de 2018

Marcas de nascença


Marcas de nascença*

Inicialmente, reflito sobre ensaios do Prof. Dr. Ian Pretyman Stevenson, médico canadense psiquiatra, consagrado pesquisador da Universidade de Virgínia, EUA, que a partir de 1961 passou a estudar casos sugestivos de reencarnação.

- Há algum fundamento espírita que ratifique o ensaio daquele notável pesquisador, sobre alguns sinais que em certas crianças parecem indicar mesmo que elas são reencarnação de outras que morreram e os tinham exatamente iguais?
—  Há o registro em “Entre a Terra e o Céu”, de André Luiz, de um caso narrado entre os capítulos XXVI a XXVIII, sobre um suicida que morreu por envenenamento e reencarna com sérios problemas na garganta. Informa aquele abençoado Instrutor espiritual que os danos físicos provocados pelo veneno utilizado no citado suicídio causaram danos no perispírito, que teriam que ser reparados através de reencarnações futuras, nas quais a sequela física correspondente estaria presente...
Assim, a expressão “parecem indicar” faz sentido.
Mas ainda não é comprovação.

- Ainda sobre marcas de nascença em crianças:  considerando que elas se lembram das suas vidas passadas, isso não poderia ser, como diz aquele pesquisador, um comprovante da reencarnação?
—   Existem, a propósito de “marcas de nascença”, três opiniões:
    1ª - Essa, do dr Stevenson –  respeitosa, e talvez contando com boa vontade de algumas pessoas, vendo nela o citado comprovante físico (da reencarnação); nós, espíritas, modo geral, não nos apoiamos em “provas materiais” para aceitar os ensinos dos Espíritos (como no caso da reencarnação), mas sim no bom senso, na fé raciocinada.
Porém, para a Ciência, esta, como as demais proposições do dr Stevenson, está longe de ser aceita como prova biológica ou prova genética da reencarnação;
    2ª - A de Emmanuel, em “O Consolador”, questão 32, esclarecendo que “as marcas de nascença” são fenômenos sutilíssimos que somente mais tarde poderão ser entendidos pela ciência do mundo, enriquecendo o quadro de valores da Biologia, no estudo profundo das origens;
    Obs.: O “O Consolador” é de 1940 e assim o “mais tarde”, quando seria? Em nossos dias?...
    3ª - Voltando a André Luiz, em “Entre a Terra e o Céu”, à pág. 186, registra que os “sinais de nascença” decorrem da associação de mente a mente entre mãe e filho, na fase da gestação, proporcionando à Natureza completar o serviço que lhe cabe no tempo. E acrescenta:
     Certos estados íntimos da mulher alcançam, de algum modo, o princípio fetal, marcando-o para a existência inteira. É que o trabalho da maternidade assemelha-se a delicado processo de modelagem, requisitando, por isso, muita cautela e harmonia para que a tarefa seja perfeita.

Pelas minhas reflexões, penso que essa terceira opinião é a mais próxima de ser a real. O tema é por demais instigante.

Do ponto de vista espírita não encontrei na Codificação qualquer registro específico sobre "marcas de nascença".
Ademais, captei que tanto Emmanuel, quanto André Luiz, como sempre, foram prudentes e econômicos ao tratar do referido tema.
Assim, análises de estudiosos espíritas, encarnados ou desencarnados, pró ou contra, inserem-se no que Kardec denominou de "opiniões pessoais"...

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* Do livro “Genética... Além da Biologia”, Eurípedes Kühl, item 3 (A Genética e a reencarnação), 2006. Ed.Fonte Viva, BH/MG.
(Este livro está em e-book grátis no meu blog - seção "Livros")

5 comentários:

  1. Tenho uma marca de nascença, uma mancha cor de vinho do lado direito da cabeça. Minha mãe costumava dizer que sentia muita vontade de tomar vinho durante a gravidez. Lendo as palavras de André Luiz, até que faz sentido, não é? Vivendo e aprendendo... Obrigada pelo esclarecimento. Fique com Deus.

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    1. Agradeço a atenção. Seu testemunho é valioso, para juntar-se às reflexões desse tema ainda não de todo esclarecido. Estejamos com Jesus!

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  2. Colocação muito bem feita, caro Eurípedes. Abs.

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  3. Boa tarde eu tenho uma mancha de nascença.e meu filho.tb nasceu com uma mancha no mesmo lugar.em baixo dos braços.tenho 58 anos e meu filho 37.gostaria de ter uma resposta. E meu primeiro filho tenho 4 .Mais ele e o mais ligado em mim.ja e vovô e tem muito ciúme de mim.trabalha.des dos 12 anos .se preocupar comigo e meu marido até hoje .fico muito preocupada .com isso super protetor.Amo muitos meus filhos.

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