Há muito
tempo, quando o homem descobriu o fogo, aqueceu o mineral e dele extraiu, dentre
outros metais, o bronze. Usou-o para
fins os mais diversos, quase sempre ligados a utensílios de defesa, ou de
ataque.
Muito tempo
depois, quando o Espírito já estava
bafejado por mais saber, experimentou outras formas. Entre afoito e incansável pesquisador, desde
logo percebeu que, em formato côncavo, aquele metal prestava-se a emitir sons,
desde que devidamente tocado por objeto de impacto para bater em seu interior.
Foi assim que
nasceu o primeiro sino, provavelmente primeiro instrumento de som.
Desenvolvendo
técnicas, progredindo em métodos, chegou-se ao sino com badalo (haste metálica
terminada em bola), de diferentes tamanhos e espessuras das paredes.
Tamanhos ao
infinito...
Sons também ao
infinito...
Elegeu-se,
como local principal de instalação, a dependência mais alta das construções,
nos campos ou nas aldeias, nos castelos ou nas igrejas...
E hoje, pessoa
não há que não sinta, no íntimo, a repercussão de um sino que plangentemente
anuncie horários, deveres, fatos e avisos.
Essa é a
história de um sino.
Igualmente,
caros amigos, cada um de nós veio, na origem, de uma incrustação existente no
Universo, formando um mundo particular, cujo início perde-se na memória.
Organizou-nos
o Grande Criador como elemento de infinitas vibrações, repercutindo primeiro no
nosso espaço interior e depois para toda a eternidade, em todos os quadrantes
do espaço cósmico.
Nosso corpo é
um sino que vibra através da ação do Espírito
que somos, tal como badalo que ora bate aqui, ora ali, tanto quanto ora
somos bons, ora somos maus, ora temos fé, ora somos incrédulos, ora pacientes,
ora inflamados, percorrendo as trilhas do Bem e do Mal.
Nossa
inferioridade nos torna sinos trincados.
E sino
trincado não soa bem...
Há que se
refundi-lo e formar um outro, que não apresente os mesmos defeitos; operação essa que deverá repetir-se até que a
forma perfeita seja alcançada. A essas
constantes refundições o Espiritismo denomina reencarnações, pois, se somos tal
qual sinos do mundo, podemos até nos comparar a eles, pelo nosso processo de
reformulação constante.
Tal processo,
um dia, distante no futuro mas aproximando-se a cada segundo, nos dará aquela
forma que produzirá sons perfeitos.
Então entoaremos acordes quais os que já nos foram ensinados por um
Sublime Maestro, há dois mil anos.
Seguindo-Lhe o exemplo, o de amar ao próximo, conquistaremos a melhor
condição para sermos integrantes do Carrilhão da Vida, cujo perpétuo planger
repercutirá até aos ouvidos de Deus.
Eis porque
afirmamos que um homem de bem é como um sino de bom som
(Mensagem do Espírito Dulce, psicografia do médium Eurípedes Kühl, do livro Âncoras de Luz, 2003, Editora LEB - Edição esgotada)
(Mensagem do Espírito Dulce, psicografia do médium Eurípedes Kühl, do livro Âncoras de Luz, 2003, Editora LEB - Edição esgotada)
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