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sexta-feira, 10 de julho de 2020

Artigo - Reencarnações: - Quantas?...


Reencarnações: — Quantas?...

Pensando na reencarnação, nas vidas sucessivas e nas existências terrenas, veio-me à mente uma “simples” e “curiosa” indagação: quantas vezes eu teria reencarnado?
De início, busquei pista para alguma resposta em “O Livro dos Espíritos”, escrito por Allan Kardec, com amparo de Espíritos elevados. De concreto, nada encontrei...
Mas, sobre tão instigante quanto transcendental tema, encontrei Kardec, naquela abençoada obra, como sempre, perguntando àqueles Espíritos que o acompanharam e arrimaram na Codificação da Doutrina dos Espíritos, e eles respondendo:
168. É limitado o número das existências corporais, ou o Espírito reencarna perpetuamente?
“A cada nova existência, o Espírito dá um passo para diante na senda do progresso. Desde que se ache limpo de todas as impurezas, não tem mais necessidade das provas da vida corporal”.
169. É invariável o número das encarnações para todos os Espíritos?
“Não; aquele que caminha depressa, a muitas provas se forra. Todavia, as encarnações sucessivas são sempre muito numerosas, porquanto o progresso é quase infinito”.
170. O que fica sendo o Espírito depois da sua última encarnação?
“Espírito bem-aventurado; puro Espírito”.
171. Em que se funda o dogma da reencarnação?
“Na justiça de Deus e na revelação, pois incessantemente repetimos: o bom pai deixa sempre aberta a seus filhos uma porta para o arrependimento. Não te diz a razão que seria injusto privar para sempre da felicidade eterna todos aqueles de quem não dependeu o melhorarem-se? Não são filhos de Deus todos os homens? Só entre os egoístas se encontram a iniquidade, o ódio implacável e os castigos sem remissão”.
De posse dessas respostas, e sobre elas, Allan Kardec elaborou extensas reflexões, sintetizadas logo abaixo da questão acima, que muito ajudam ao entendimento do que registraram os Benfeitores sobre as reencarnações, isto é, as vidas sucessivas de cada Espírito:
- Todos os Espíritos tendem para a perfeição e Deus lhes faculta os meios de alcançá-la, proporcionando-lhes as provações da vida corporal. Sua justiça, porém, lhes concede realizar, em novas existências, o que não puderam fazer ou concluir numa primeira prova;
- Não obraria Deus com equidade, nem de acordo com a sua bondade, se condenasse para sempre os que talvez hajam encontrado, oriundos do próprio meio onde foram colocados e alheios à vontade que os animava, obstáculos ao seu melhoramento;
- A doutrina da reencarnação, isto é, a que consiste em admitir para o Espírito muitas existências sucessivas, é a única que corresponde à ideia que formamos da justiça de Deus para com os homens que se acham em condição moral inferior;
- A única que pode explicar o futuro e firmar as nossas esperanças, pois que nos oferece os meios de resgatarmos os nossos erros por novas provações. A razão no-la indica e os Espíritos a ensinam;
 (...) - Quem é que, ao cabo da sua carreira, não deplora haver tão tarde ganho uma experiência de que já não mais pode tirar proveito? Entretanto, essa experiência tardia não fica perdida; o Espírito a utilizará em nova existência.
Fácil deduzir o bom senso de Kardec: não perguntou aos Invisíveis qual o número das encarnações para todos os Espíritos, mas sim, se limitado, perpétuo, invariável, ou infinito.
E os elevados Espíritos responderam, economicamente:
— São numerosas, as reencarnações, dependendo do progresso de cada um! A última encarnação ocorre quando o Espírito fica sem impurezas, sendo os bem-aventurados, puros Espíritos.
             Nota: Com essas informações deparei-me com impressionante registro contido na obra “Evolução em Dois Mundos”, do Espírito André Luiz, psicografia de F.C.Xavier e W.Vieira, em 1958, Edição da FEB, Brasília/DF. No capítulo VI, pg. 53, da 11ªEd., 1989, que F.C.Xavier psicografou (em 02.02.1958), à pg. 53 encontramos:
(...) Princípio inteligente: 15 milhões de séculos para, como ser pensante, em fase embrionária da razão, lançar suas primeiras emissões de pensamento contínuo”.

Salvaguardando a seriedade do autor espiritual da “Nota” acima, associada às dos médiuns que psicografaram essa obra, registro que não encontrei na literatura espírita confirmação desse registro, motivo pelo qual apenas cito-o como probabilidade de incontáveis reencarnações; prudente será aguardar que outros Espíritos o homologuem, por médiuns desconhecidos entre si. Ademais, meu texto não é absoluto.

Unindo os ensinamentos espíritas acima à Arqueologia, deduzi: obviamente, resposta numérica ninguém tem, até porque as trajetórias evolutivas variam, de Espírito para Espírito, inexistindo a possibilidade matemática de serem quantificadas, posto que individuais.
Ademais, o número de Espíritos existentes — encarnados e desencarnados —, só Deus o sabe e o tem.
Restou absolutamente claro, para mim, de que não há como saber quantas reencarnações vivencia o Espírito.
Não obstante, imagino que talvez a maioria dos espíritas, como eu, além de não-espíritas, mas que também creem na reencarnação, um dia tiveram a curiosidade de saber quantas reencarnações já tivemos.
Então, volto às lições contidas em “O Livro dos Espíritos” e lembro que pelas orientações dos Espíritos evoluídos, sempre citando a Justiça Divina e a Lei de Causa e Efeito: o Espírito, vindo dos reinos inferiores (Kardec não cita quais, só do reino animal para o racional...), ao adentrar no reino da inteligência contínua, ali chega simples e ignorante; dotado, porém, de inteligência, consciência e livre-arbítrio; são-lhe colocados ao alcance todos os meios de usar esses sublimes atributos para evoluir, o que é de responsabilidade única e exclusiva dele.
E como corolário do Amor do Criador, todos têm à frente a bênção das vidas sucessivas: em cada uma delas, consoante o emprego feito, para o bem ou para o mal, esse Espírito evoluirá com maior ou menor número de reencarnações, respectivamente.

Este artigo é singela tentativa de demonstrar a bondade infinita de Deus e na Justiça Divina, que através das reencarnações concede-nos incontáveis oportunidades de evolução — quantas necessárias sejam.
 Unindo os pródromos da reencarnação, acima, imaginei fundamentos para formular não mais que simples suposição: se cada existência terrena do ser com pensamento contínuo (o homem) durar 100 (cem) anos, e que após desencarnar, o Espírito permaneça outros 100 (cem) anos no plano espiritual, em seguida reencarnando, teria que ocorrem cinco reencarnações de cada Espírito, por milênio.
Aplicando esses dados imaginários às descobertas e aos estudos da Antropologia e da Arqueologia, poderiam acontecer:
- homo sapiens (local ignorado)     - 400 mil anos = 2.000  reencarnações;
- homo sapiens neanderthal          -   80 mil anos =    400  reencarnações;
- cro magnon (França)                  -  38 mil anos  =    190  reencarnações.
Vi, depressa, que é impossível para qualquer pessoa, sequer aproximar-se da informação de quantas vezes já teria reencarnado, nem mesmo em sonhos, ou em devaneios.
Ilações, no caso, se houverem, rumam para o infinito...
Única certeza: sendo cada existência terrena uma Bênção Divina, e como já tivemos tantas, bem como com certeza mais teremos, nossa gratidão ao Pai Maior há que ser para sempre.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Artigo - Reforma na autorreforma


Espíritas, na maioria, são contendores natos.
Guardados nas gavetas do Tempo, registros amarelecidos pelos séculos testemunham o quanto cada um evoluiu.
No período compreendido entre o primitivismo do troglodita ao desconhecimento das Leis Morais, enquanto selvagem, o ser humano ficou inimputável. Mas, nas dobras do tempo, as vagas cíclicas da Vida trouxeram para a superfície terrestre a era da Razão, e com ela, o raciocínio. Aí, tristemente, o livre-arbítrio, a bordo da inteligência, substituiu a ignorância para a sobrevivência pela crueldade para dominar, vencendo sempre.
Novamente os séculos se sobrepuseram, uns aos outros.
Deus, na sua inalcançável e insondável Sabedoria, encaminhou Espíritos diletos para iluminar a mente humana e pacificar seu comportamento. Pontificando em Jesus, o recado do Pai não poderia ser mais claro, pelo que se tornou eterno: “Amai-vos uns aos outros”.
A partir de então, a Era Cristã agitou beneficamente todo o planeta.  Muitos ouviram o recado. Sobre assimilação, aduziram exemplificação.
Degrau a degrau, no avançar das reencarnações, vamos encontrar hoje, nos Centros Espíritas, criaturas muito bem intencionadas, frequentando-os e participando de suas atividades materiais e espirituais.
Se o lar e a família são inspirações divinas, em boa hora apropriadas pelos homens, os Centros Espíritas seguramente estão em patamar próximo delas. Ali, médiuns reunidos sob a lâmpada do Evangelho, agrupam-se para a incomparável tarefa caridosa tanto com encarnados quanto com desencarnados.
Pouquíssimos institutos, em todo o universo, podem se comparar ao lar, à família e ao Centro Espírita! Se nos dois primeiros é inescapável a apara de dissensões, arestas e diferenças, reajuste imperando vinte e quatro horas diárias, por longos dias, meses e anos, no Centro Espírita ocorre outro enredo.
Com parentes reajustamos inimizades e resgatamos passado delituoso. No Centro Espírita não há débito de médium para médium, em escala individual, e sim, compromisso coletivo de união, para consecução de ideal comum.
Podemos desertar quantas vezes quisermos dos laços consanguíneos. A necessidade do reequilíbrio, cedo ou tarde, nos reconduzirá, ainda pelo parentesco próximo, a reencontros e convivência inevitáveis...
Já no Centro Espírita, quando invigilantes, os médiuns cedem ao império do atavismo, apagam o farol cristão e revivem lampejos da ancestralidade.
Sabemos todos, que no Bem ou no Mal, momentos podem se transformar em séculos.
Os momentos do bem se eternizarão.
Os do mal, um dia se diluirão.
Assim, prudente será o médium testificar seu aprendizado, praticando aquilo mesmo que, amiúde, sugere aos visitantes invisíveis, nas reuniões mediúnicas...
Se o médium, buscando mais paz, transferir-se de uma para outra organização espírita, não deixará rastros de reajustes. Estará, certamente, apenas mudando o endereço do seu programa reencarnatório. Pois, para onde for, encontrará outros jornadeiros, que dia menos dia apresentarão o mesmo quadro psíquico que se intentou evitar.
Quando a desunião visitar o Centro Espírita, convidada que tenha sido tão somente pela intolerância de uma ou mais partes, é preciso que os corações assumam o comando: ninguém melhor que o coração ouve o som divino, transformado em palavra por Jesus, cujo eco, permanentemente, reverbera nos tímpanos da alma cristã, a respeito do imortal “setenta vezes sete vezes”...
O Espírito  mais humilde não precisa perdoar, porque jamais se ofende.
Se ao adentrar no Espiritismo o médium empolga-se com as benditas luzes da chamada “Terceira Revelação”, impondo a si mesmo radical transformação, sob a meta da autorreforma, imperioso verificar que aqueles primórdios não bastam. Assim como na natureza, onde tudo se renova para progredir, o espírita de hoje necessita reformar algo do espírita de ontem. Sempre!
Não há programa ou equação definidos para a reforma da autorreforma. Ela é incumbência individual, intransferível, realizável periodicamente, a título de valiosa reavaliação. Para correção de rota...
Crises em Centros Espíritas podem ser comparáveis às manchas solares, que de onze em onze anos liberam fantásticas porções de energia, com repercussão em todo o sistema solar, interferindo em todos os fenômenos naturais.
À tempestade solar segue-se a ionização benéfica da atmosfera.
À tempestade terrena segue-se a bonança e purificação do ar.
À erupção vulcânica segue-se renovação dos compostos nas terras a plantar.
No Centro Espírita — filial do amor universal —, quando sob interferências, de um ou outro plano, unam-se dirigentes, médiuns e frequentadores e chamem Jesus, perdão na mente, Evangelho no coração, suavidade na língua...
Essa a equação da Paz para qualquer Centro Espírita: numerador, a soma das heterogêneas pessoas que os compõem, e denominador comum, o Amor!

Maria é mãe, toda Amor. Que Sua Bênção seja nossa.

 (Texto do Espírito Dulce, psicografia do médium E.Kühl, extraído do livro "Âncoras de Luz, 2003, Editora LEB, Bagé/RS  -  edição esgotada)

   O livro "Âncoras de Luz" está em e-book grátis, neste mesmo blog; clicar na seção "Livros".

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Artigo - Reencarnações - família/uniões conjugais/expiações


Cada existência terrena, temporal, é curta, se vista pelas lentes da eternidade.
Leis biológicas, sábias e imutáveis conduzem o corpo humano pelo trânsito da vida, do nascimento à morte, modelando-o de forma a cumprir um roteiro existencial pré-estabelecido, para proporcionar progresso ao espírito.
Assim, cada pessoa nasce no endereço mais adequado à consecução desse abençoado caminhar.
Família, condição social, nível de saúde, tempo de vida, chances e acontecimentos marcantes, são previsões a cargo de Benfeitores Espirituais especializados em programas reencarnatórios, pelo que ninguém duvide que nasceu no lar certo: onde está agora, naturalmente, terá sido decorrência das opções feitas, mas aquilo que não houve como evitar, necessariamente enquadra-se nas chamadas "provas ou expiações".
Mesmo no caso de uniões conjugais de interesse, à revelia de compromissos espirituais assumidos, tudo o que acontecer ainda será em obediência às Leis Divinas, infensas ao "acaso". Isso porque longo é o trajeto rumo à perfeição possível e em tais circunstâncias, a Vida e o Espírito, elástica ao infinito a primeira e imortal o segundo, administram as experiências que estavam programadas para amanhã, antecipam-nas para o hoje provocado pelo agente.
Assim, por exemplo, alguém que abandona a família que formou para se entregar a outros amores, talvez atraindo novos familiares, estará apenas antecipando experiências com esses mesmos personagens que constavam de programação futura.
Sim: o que esse fez, na verdade, foi antecipá-las...
Provas abandonadas numa existência ficam em potencial, na coluna do “débito para futura quitação” do balancete da vida. Tal ressarcimento necessariamente acontecerá, numa existência futura, sob a embalagem de provação ou até de expiação.
Provas, quaisquer provas, seriam mesmo provas, isto é, aferição do aprendizado.
Expiações... ah!, essas são sempre resgates compulsórios de débitos contraídos, via de regra, em distantes existências, ou que tenham sido transferidas em face de alterações intempestivas, tais como, por exemplo, o caso dos casamentos que se desfazem por intolerância, fastio conjugal, busca de novos prazeres, etc., deixando um rastro de infelicidades.
Mas, de uma ou de outra forma, o homem progride sempre.
Artistas, hoje, não se pode negar, são criaturas que desenvolveram maior sensibilidade em repetidas existências. Acumulando vidas em observação da natureza e da alma humana, formaram equações espirituais que seus espíritos expressam com maestria, graça e encanto.
Dessa forma, a faculdade que detêm, é-lhes merecida conquista, sob todos os ângulos do progresso espiritual.
Não obstante, como quase tudo na vida navega em dualidade — verdade que o livre-arbítrio faz prova inquestionável — qual a luz solar, a beleza de uma obra de arte que é exposta acoplada à vaidade, em contraponto, projeta sombras íntimas na alma do seu autor. Por vezes, tamanho é o grau de infestação dessa vaidade do artista que nem mesmo há o prurido de evitar a auto proclamação de sua presumida genialidade, seja por palavras, por induções a terceiros para que o façam, ou, pior de tudo, por ares de superioridade mundial.
Nesse rol incluem-se artistas das sete artes: a Música, a Dança, a Pintura, a Escultura, a Literatura, o Teatro e o Cinema.
Se formos agora para as profissões, o leque se alonga, mas o princípio citado para os artistas, aplica-se por inteiro aos profissionais, liberais ou não, públicos ou privados, formais ou informais, executivos ou executantes, professores ou pesquisadores.
Enfim, para “todo mundo” permanecem válidas as características vivenciais enunciadas sobre os artistas e trabalhadores em geral. E mesmo para os que apenas são pensadores, filósofos, religiosos, místicos de todo jaez.
Sem humildade, ninguém está no bom caminho, embora nele caminhe em chão aveludado ou em solo pedregoso, sob aplausos das multidões ou no anonimato.
A todos — sem exceção —, as lentes divinas alcançam, matriculando-os nos institutos correcionais terrenos, de que nos dão notícia os que hoje vivem abaixo da linha da pobreza.
Sobrepaira sem cessar o Amor de Deus para todos, fiéis ou infiéis, bons e maus.
A paz é conquista individual daquele que fez por merecê-la, tanto quanto o sofrimento é caridoso mensageiro e inexorável instrumento para redenção dos maus, praticantes da cobiça, da inveja, da traição, do furto, da intolerância, da vingança...





terça-feira, 28 de julho de 2015

Conto - A história de um sino


Há muito tempo, quando o homem descobriu o fogo, aqueceu o mineral e dele extraiu, dentre outros metais, o bronze.  Usou-o para fins os mais diversos, quase sempre ligados a utensílios de defesa, ou de ataque.
Muito tempo depois, quando o Espírito  já estava bafejado por mais saber, experimentou outras formas.  Entre afoito e incansável pesquisador, desde logo percebeu que, em formato côncavo, aquele metal prestava-se a emitir sons, desde que devidamente tocado por objeto de impacto para bater em seu interior.
Foi assim que nasceu o primeiro sino, provavelmente primeiro instrumento de som.
Desenvolvendo técnicas, progredindo em métodos, chegou-se ao sino com badalo (haste metálica terminada em bola), de diferentes tamanhos e espessuras das paredes.
Tamanhos ao infinito...
Sons também ao infinito...
Elegeu-se, como local principal de instalação, a dependência mais alta das construções, nos campos ou nas aldeias, nos castelos ou nas igrejas...
E hoje, pessoa não há que não sinta, no íntimo, a repercussão de um sino que plangentemente anuncie horários, deveres, fatos e avisos.
Essa é a história de um sino.

Igualmente, caros amigos, cada um de nós veio, na origem, de uma incrustação existente no Universo, formando um mundo particular, cujo início perde-se na memória.
Organizou-nos o Grande Criador como elemento de infinitas vibrações, repercutindo primeiro no nosso espaço interior e depois para toda a eternidade, em todos os quadrantes do espaço cósmico.
Nosso corpo é um sino que vibra através da ação do Espírito  que somos, tal como badalo que ora bate aqui, ora ali, tanto quanto ora somos bons, ora somos maus, ora temos fé, ora somos incrédulos, ora pacientes, ora inflamados, percorrendo as trilhas do Bem e do Mal.
Nossa inferioridade nos torna sinos trincados.
E sino trincado não soa bem...
Há que se refundi-lo e formar um outro, que não apresente os mesmos defeitos;  operação essa que deverá repetir-se até que a forma perfeita seja alcançada.  A essas constantes refundições o Espiritismo denomina reencarnações, pois, se somos tal qual sinos do mundo, podemos até nos comparar a eles, pelo nosso processo de reformulação constante.
Tal processo, um dia, distante no futuro mas aproximando-se a cada segundo, nos dará aquela forma que produzirá sons perfeitos.  Então entoaremos acordes quais os que já nos foram ensinados por um Sublime Maestro, há dois mil anos.  Seguindo-Lhe o exemplo, o de amar ao próximo, conquistaremos a melhor condição para sermos integrantes do Carrilhão da Vida, cujo perpétuo planger repercutirá até aos ouvidos de Deus.
Eis porque afirmamos que um homem de bem é como um sino de bom som


(Mensagem do Espírito Dulce, psicografia do médium Eurípedes Kühl, do livro Âncoras de Luz, 2003, Editora LEB  -  Edição esgotada)
O livro "Âncoras de Luz" está em e-book grátis, neste mesmo blog, na seção "Livros"