sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Artigo - Reencarnações - família/uniões conjugais/expiações


Cada existência terrena, temporal, é curta, se vista pelas lentes da eternidade.
Leis biológicas, sábias e imutáveis conduzem o corpo humano pelo trânsito da vida, do nascimento à morte, modelando-o de forma a cumprir um roteiro existencial pré-estabelecido, para proporcionar progresso ao espírito.
Assim, cada pessoa nasce no endereço mais adequado à consecução desse abençoado caminhar.
Família, condição social, nível de saúde, tempo de vida, chances e acontecimentos marcantes, são previsões a cargo de Benfeitores Espirituais especializados em programas reencarnatórios, pelo que ninguém duvide que nasceu no lar certo: onde está agora, naturalmente, terá sido decorrência das opções feitas, mas aquilo que não houve como evitar, necessariamente enquadra-se nas chamadas "provas ou expiações".
Mesmo no caso de uniões conjugais de interesse, à revelia de compromissos espirituais assumidos, tudo o que acontecer ainda será em obediência às Leis Divinas, infensas ao "acaso". Isso porque longo é o trajeto rumo à perfeição possível e em tais circunstâncias, a Vida e o Espírito, elástica ao infinito a primeira e imortal o segundo, administram as experiências que estavam programadas para amanhã, antecipam-nas para o hoje provocado pelo agente.
Assim, por exemplo, alguém que abandona a família que formou para se entregar a outros amores, talvez atraindo novos familiares, estará apenas antecipando experiências com esses mesmos personagens que constavam de programação futura.
Sim: o que esse fez, na verdade, foi antecipá-las...
Provas abandonadas numa existência ficam em potencial, na coluna do “débito para futura quitação” do balancete da vida. Tal ressarcimento necessariamente acontecerá, numa existência futura, sob a embalagem de provação ou até de expiação.
Provas, quaisquer provas, seriam mesmo provas, isto é, aferição do aprendizado.
Expiações... ah!, essas são sempre resgates compulsórios de débitos contraídos, via de regra, em distantes existências, ou que tenham sido transferidas em face de alterações intempestivas, tais como, por exemplo, o caso dos casamentos que se desfazem por intolerância, fastio conjugal, busca de novos prazeres, etc., deixando um rastro de infelicidades.
Mas, de uma ou de outra forma, o homem progride sempre.
Artistas, hoje, não se pode negar, são criaturas que desenvolveram maior sensibilidade em repetidas existências. Acumulando vidas em observação da natureza e da alma humana, formaram equações espirituais que seus espíritos expressam com maestria, graça e encanto.
Dessa forma, a faculdade que detêm, é-lhes merecida conquista, sob todos os ângulos do progresso espiritual.
Não obstante, como quase tudo na vida navega em dualidade — verdade que o livre-arbítrio faz prova inquestionável — qual a luz solar, a beleza de uma obra de arte que é exposta acoplada à vaidade, em contraponto, projeta sombras íntimas na alma do seu autor. Por vezes, tamanho é o grau de infestação dessa vaidade do artista que nem mesmo há o prurido de evitar a auto proclamação de sua presumida genialidade, seja por palavras, por induções a terceiros para que o façam, ou, pior de tudo, por ares de superioridade mundial.
Nesse rol incluem-se artistas das sete artes: a Música, a Dança, a Pintura, a Escultura, a Literatura, o Teatro e o Cinema.
Se formos agora para as profissões, o leque se alonga, mas o princípio citado para os artistas, aplica-se por inteiro aos profissionais, liberais ou não, públicos ou privados, formais ou informais, executivos ou executantes, professores ou pesquisadores.
Enfim, para “todo mundo” permanecem válidas as características vivenciais enunciadas sobre os artistas e trabalhadores em geral. E mesmo para os que apenas são pensadores, filósofos, religiosos, místicos de todo jaez.
Sem humildade, ninguém está no bom caminho, embora nele caminhe em chão aveludado ou em solo pedregoso, sob aplausos das multidões ou no anonimato.
A todos — sem exceção —, as lentes divinas alcançam, matriculando-os nos institutos correcionais terrenos, de que nos dão notícia os que hoje vivem abaixo da linha da pobreza.
Sobrepaira sem cessar o Amor de Deus para todos, fiéis ou infiéis, bons e maus.
A paz é conquista individual daquele que fez por merecê-la, tanto quanto o sofrimento é caridoso mensageiro e inexorável instrumento para redenção dos maus, praticantes da cobiça, da inveja, da traição, do furto, da intolerância, da vingança...





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