domingo, 4 de março de 2018

Parábola sobre o retorno ofensivo do Espírito impuro

05.03.18

Parábola sobre o retorno ofensivo do Espírito impuro
(Também conhecida como “A casa vazia”)


Estando Jesus a falar à multidão, escribas e fariseus Lhe pediram um sinal. Então, o Mestre cita o sinal dado por Jonas (que, figuradamente, esteve no ventre de uma baleia por três dias – como Jesus também ficaria no sepulcro) e o da “Rainha do sul” (a rainha de Sabá), e a fama de Salomão.
Jesus relembra que referidos sinais não foram aceitos, tanto “por esta geração má” (o povo de Israel), como pelos escribas e fariseus.

A seguir, disse Jesus:
“Quando um espírito imundo sai de um homem, passa por lugares áridos procurando descanso. Como não o encontra, diz:
— Voltarei para a casa de onde saí.
Chegando, encontra a casa desocupada, varrida e em ordem.
Então vai e traz consigo outros sete espíritos piores do que ele, e, entrando, passam a viver ali.
E o estado final daquele homem torna-se pior do que o primeiro. Assim acontecerá a esta geração perversa”.
(Mateus 12:38-45)
                                       -  -  -
Das parábolas de Jesus, esta é uma das menos conhecidas ou comentadas. Ela está repleta de alegorias e simbolismos.
Por isso, o texto é de difícil elucidação.
Não advogo exclusividade interpretativa, não obstante, com cautela, ofereço explicações, baseadas nos ensinamentos contidos na Doutrina dos Espíritos. Anoto alguns deles:

● O Espírito imundo (não evoluído) sair do homem: desencarnação;
● Passar por lugares inóspitos: o umbral (região espiritual onde estão aqueles que, na existência terrena, não respeitaram as Leis de Deus);
● Retorno ofensivo: é quando o Espírito impuro, em sintonia com encarnado que lhe seja afim, dele se aproxima e com ele permanece;
● Nessa aproximação, o Espírito desencarnado (obsessor) encontra um encarnado invigilante (casa vazia), a ponto de lhe dar guarida;
● Obsessores, nem sempre agem isoladamente: em grupo, achegam-se e se acoplam ao(s) encarnado(s), o qual/os quais desestrutura(m)-se por completo, passando a sofrer grandes penúrias físicas e morais;
● A geração perversa é a Humanidade (somos nós), até que pela nossa autorreforma sejamos os construtores de um mundo regenerado...

Um comentário:

  1. Em parte o entendimento se aproxima da realidade, mas, às vezes, não se trata de uma invigilância mas de comprometimento do encarnado com suas mazelas anteriores.
    Nenhum espírito se aproxima e penetra o imo de quem está em Plano mais elevado. A dissintonia vibracional não se coaduna e, portanto, o espírito maléfico não consegue seu desiderato simplesmente pela aproximação: é necessário e indispensável mesmo que o espírito encarnado aceite a submissão. Conluiados no mal, permanecem em sintonia. caso contrário, o espírito trevoso não vinga seu intento jamais. A Luz sempre vence pois ela jamais se apaga no horizonte eterno.

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