A
destinação do Brasil
Tudo e todos evoluem. Isso
é decisão divina!
No infinito perímetro
universal, trazendo os círculos internos concêntricos para a nossa grande
moradia — a Via Láctea —, figuramos que nela, a nossa cidade é
o Sistema Solar, nosso bairro a Terra, nossa rua a América do Sul, nosso
quarteirão o Brasil e a nossa residência, a casa onde de fato moramos, agora.
No contexto evolutivo,
vislumbrando a paisagem terrena a partir da janela moral ofertada pelo
Espiritismo, tem-se que o mundo, necessariamente, hoje está melhor do que ontem
e que a cada novo dia, estará melhorando.
Progridem nações e povos,
civilizações e costumes.
Porém, em diagnóstico
apressado, à vista da devastadora onda de violência que assola a humanidade,
multiplicadas vozes alardeiam que o mundo "não tem mais conserto" e
que seu fim está próximo.
Para equacionar a
violência — seu princípio e fim —, desdobrando-a pelas inúmeras faces da
maldade com que se apresenta, consequência da ausência temporal do Evangelho,
vou me socorrer da matemática, formulando uma fração contínua:
Crueldades ►
dor
Dor ►
provas e expiações
Provas e expiações ► resgates
(+ expiações)
Resgates (+ expiações) ►
regeneração!
O Brasil não está indene a
esse vórtice mundial da violência.
Aliás, ainda não
há quadrante ou canto da Terra onde a paz algum dia imperou.
Nunca foi tão explícita a
assertiva de Allan Kardec quando, em magistral pedagogia do comportamento
espiritual, coletivo e individual, classificou a Terra como "mundo de
provas e expiações".
O entendimento e a
aceitação da Justiça Divina, como de inalcançável sabedoria e bondade, traz à
tona de todos os acontecimentos, por mais chocantes que se mostrem, que
de todo mal Deus extrai o bem: se há criminosos, há vítimas e como "o
Pai não põe cruz em ombro errado", temos que os primeiros se endividam e
os segundos quitam; aqueles não passaram nas provações que se
lhes foram antepostas e estes, trilharam as dolorosas vias da expiações.
Nesse fluxo e refluxo, a
vida segue, aqui e além...
Inexoravelmente, tudo e
todos seguem evoluindo...
Entrando em cena
planetária a Terceira Revelação — o Espiritismo —, foram decodificados os
ensinos de Jesus, muitos deles até então equivocadamente travestidos de dogmas
e abjurações.
Viu a Humanidade, no palco
da vida, ao abrirem-se as cortinas do mundo espiritual, a Lei Moral de Ação e
Reação, representando a Justiça Divina, delineando em texto sublime, recheado
de razão e lógica, os meandros da reencarnação. Aos felizes assistentes
(voluntários) desse espetáculo que o Espiritismo expõe desde 18 de Abril de
1857, gratuito, mas apenas requerente da fé raciocinada, resta iluminada a
dúvida humana do "de onde vim?", "a que estou?", "para
onde irei?".
Doutrina dos Espíritos:
sementes generosas lançadas de início na França, logo frutificaram e bons
ventos as espalharam pelo mundo afora. No Brasil, justamente, foi onde mais
frondosa se tornou a benfazeja árvore espírita, hoje o país que
mais frutos espíritas oferta a todos os peregrinos que à sua sombra queiram
repousar e saciarem-se, em meio às agruras do caminho, agruras essas
interpostas por eles próprios...
Sobre essa sublime árvore,
eis uma breve estimativa: seu tronco — a própria Codificação;
seus galhos — as Federações Espíritas, os Institutos
de Estudos, as Editoras espíritas (cerca de 100) os Clubes
do Livro Espírita (cerca de 200), as Feiras do Livro
Espírita (cerca de 300), os Centros Espíritas (milhares
deles), os vários “sites” espíritas, na Internet; os ramos —
os médiuns (dos mais frondosos: Chico Xavier, Divaldo Franco, Yvonne do Amaral
Pereira) e tantos mais; os frutos — alguns deles, os
abençoados livros espíritas (só do Chico, mais de 400!).
O homem foi criado com destinação à felicidade. Não há duvidar.
E felicidade, na Terra,
tem e terá sempre aquele que amar ao próximo como a si mesmo,
seguindo orientação insculpida por Deus na consciência de todos os seres (Lei
Moral do Amor), orientação essa, magistralmente relembrada e exemplificada por
Jesus.
Vê-se, amiúde, já a partir
de lugarejos brasileiros distanciados do conforto da civilização,
criaturas-heróis no campo das poucas letras, que tão logo aprendem o
"abc", fazem do seu ideal ensiná-lo aos conterrâneos, idosos muitos
deles, mergulhados no analfabetismo.
Da mesma forma, equipado
com os ensinos dos Espíritos protetores, cada espírita pode e deve
transformar-se em modesta lanterna, a iluminar trevas — as próprias, de início;
logo, as do próximo que o queira. Tal atitude, aliás, nada mais é do que seguir
a recomendação de Jesus aos Apóstolos, assim registrada pelo Evangelista Mateus
(Mt. 10: 7): "E pondo-vos a caminho, pregai dizendo que está próximo o
reino dos Céus".
Uns e outros, os atuais
anônimos apóstolos, aqueles da Educação, estes da Terceira Revelação, estarão
movendo-se impulsionados pelo combustível espiritual da fraternidade,
inerente no âmago do ser humano desde sua criação, mas às vezes de difícil
prospecção, tal qual seu similar terreno, o petróleo.
O terceiro milênio
enfrenta mar revolto, de ondas apocalípticas (não só moralmente, mas com
seguidas tragédias: derrubada das “torres gêmeas” nos EUA, seguindo-se invasão
bélica no Afeganistão e Iraque, com reação jamais imaginada de barbárie
terrorista, guerras entre Nações, pobreza, fome, doenças, o tsunami de
há pouco... as atuais, multiplicadas e dolorosíssimas imigrações...).
Embora o Espiritismo faça
ralas referências ao Apocalipse, posto que ao ser codificado por Allan Kardec
já haviam se passado dezoito séculos e muitas das profecias já tinham ocorrido,
permito-me duas ligeiras lembranças da Revelação passada a João, o vidente
exilado na Ilha de Patmos:
- a primeira, aquela que
se refere aos 2.000 anos... (1.000, a prisão de Satanás - Ap: 20:2, e mais
1.000, os que passaram a viver com o Cristo - Ap: 20:4; assim, dois mil já
terminaram...);
- a segunda, aquela que
diz dos "três ais" (Ap: 8:13), sendo que ao fim do terceiro
"ai", seria destruída a terça parte da humanidade, "nela não
mais restando maldição, senão os tronos de Deus e do Cordeiro, aos quais seus
servos serviriam"...
Em singela, mas respeitosa
analogia aos três "ais", formulo abaixo três "ãos", cuja
ação nefasta na Terra, ora aproximando-se a passos largos da saturação, estão
levando-a à necessária interferência sublime da Lei de Evolução, para
regenerá-la:
- destruição, pelas
guerras internas e externas;
- corrupção, pela
ganância desenfreada da maioria, no poder;
- perversão, pela
disseminação planetária da toxicomania.
Vale recordar: a evolução
contínua, Lei Divina, é para tudo e para todos...
Aumentando o número de
espíritas, a cada dia vão surgindo novos Centros Espíritas, num sublime efeito
multiplicador, isso no mundo todo. Aqui, nesse panorama, o Brasil, em
particular, pode ser considerado a grande universidade do futuro neste
planeta, ofertando matrículas em classes para todos os níveis do aprendizado
espiritual.
Ora, como o conhecimento
integral só é alcançável pelo estudo, aliando-se teoria e prática, fixamo-nos
nas palavras do Mestre Jesus, "sublime reitor" daquela Universidade,
quando lecionou que: conhecendo a Verdade, tem-se a liberdade.
A Terra é uma
embarcação-escola há muito a navegar, no Mar da Evolução.
No seu tombadilho —
o Espiritismo — , está o Brasil-moral, obediente ao Mestre,
convidando e acolhendo quantos queiram ser navegantes. Com Jesus no
comando e timão desse grande barco que é o mundo, nos seus dois compartimentos
— o material e o espiritual —, conjeturo, com grande possibilidade de acerto,
que o Brasil-físico, com o farol espírita aceso, será o porto
seguro onde, cedo ou tarde atracará a embarcação "Humanidade",
trazendo imigrantes de boa vontade, para em seguida rumar para um destino mais
feliz, o da regeneração.
Não há o acaso (questão n°
8 de "O Livro dos Espíritos").
Assim, permito-me agora
formular uma nova equação que talvez, quem sabe, possa representar o
futuro:
ESPIRITISMO NO BRASIL ► MODELO MORAL TERRENO!
— Melhor destinação poderá
haver para uma nação e para um povo?!
Ribeirão
Preto/SP
Eurípedes Kühl
Parabéns, amigo escritor Eurípedes Kuhl, por esse belíssimo artigo recheado de razão e de lógica! Adorei a equação matemática apresentada no texto. Um grande abraço!
ResponderExcluirMeu amigo, como espírita concordo com tudo que disse, mas temos o livre arbítrio e Deus não intervem modificando o livre arbítrio, sabemos que as suas Leis corrigem os rumos.... mas a que preço???? Espero sinceramente que o livre arbítrio dos homens não complique ainda mais a situação do Brasil e da Humanidade.
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