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terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Poesia - Uma nota de saudade


    Uma nota de saudade
               Rafael Dalle Vedove Geber

O teu andar, quando tu passas leda,
Face risonha com teu livro à mão,
É como a flor deitando sobre a seda
Tecendo histórias do teu coração...
Este perfume que de ti evola
Que me amortece como a taça e o vinho,
São como as notas de gentil viola
Fazendo coro à voz de um passarinho...
Junto de ti o vendaval suspira!
O rio exulta! A natureza dança!
O sol se erguendo na acender da pira,
Abraça as nuvens feito uma criança;
Não te recordas desse tempo antigo,
Onde a alegria a fronte nos beijava?
O teu amor - como primeiro abrigo -,
De qualquer dor meu seio confortava.
Este passado que se faz presente
Neste presente que não vejo mais,
É triste herança que recebo; e ausente,
Tu nem sequer podes ouvir meus ais.


domingo, 12 de agosto de 2018

Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça...


13.08.18

(Mateus, 5-10)

... porque deles é o Reino dos Céus.
De início, parece contraditório dizer que aquele que vivencia e prega a justiça seja perseguido, quando, na verdade, deveria ser enaltecido. Isso acontece no dia a dia, muitas vezes...
Inúmeras vezes uma pessoa age da maneira correta, da forma como considera justa, e é mal interpretado.
Cito alguns exemplos, dentre incontáveis situações:
- quando não concordar com seu grupo, numa ação cruel;
- quando o aluno recusar convite do colega, para juntos “colarem” numa prova;
- quando o homem de bem, que enfrenta e contraria multidão furiosa e socorre um ladrão atropelado, ferido, com dores;
- quando a pessoa tem um desafeto e convida amigo para ajudá-lo numa vingança, sendo negado e ainda aconselhado ao perdão.
Nessas ações, nas quais a justiça é praticada, aquele que respeita a Deus e ao próximo passa a ser criticado, numa flagrante inversão do bom senso. Não raro, é perseguido, às vezes até com violência...
No entanto, penso que a proposição de Jesus, ao proclamar essa bem-aventurança, alerta a todos que tenham oportunidade de praticar um ato de justiça, que jamais deixem de fazê-lo, pois incompreendidos aqui, serão reconhecidos no Reino de Deus.

“Justiça”, aqui, compreendida como ato de caridade, amor.

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Artigo - A ametista e o jatobá


A  AMETISTA  E  O  JATOBÁ

O amor de DEUS sobrepaira sem cessar para todos, fiéis ou infiéis, bons e maus.
O Supremo Criador, desde sempre estabeleceu leis eternas, perfeitas, sem exceções ou reparos quaisquer, que administram a vida de cada um de nós, dando a cada um, segundo suas obras.
Como aliás, asseverou JESUS.
 A Justiça Divina é infalível, pelo que a ninguém é dado se arvorar em juiz e decretar quem é culpado, quem é inocente: o Criador prescinde disso.
Os que trilham caminhos contrários às Leis de DEUS arcarão com o inexorável ônus da quitação, esta, regulada pelas incontáveis oportunidades ofertadas ao réprobo, até que se arrependa e reconstrua aquilo que tenha destruído. Falamos do amor...
Simplória e humildemente esta é a história de ametistas incrustadas nos jatobás; lindas, elas, rústicos e saborosos, estes.
Relata a vida de um pequeno grupo de pessoas que a vida aproximou. Sentimentos contraditórios, ora de amor, ora de ódio, tais ingredientes se juntam numa história, que bem poderia ser o espelho de situações que, eventualmente, vivenciamos e de atos que talvez todos nós já tenhamos praticado — ontem ou hoje...
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(Extrato do livro “A ametista e o jatobá”, Eurípedes Kühl, 2010,

Editora Petit, SP/SP)

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Artigo - Os tecelões do Destino


Os tecelões do Destino  -  (sinopse)

Ante qualquer desconforto ou sofrimento, no suceder das provas e expiações que visitam a alma, muitos dos que sofrem tais vicissitudes da existência terrena fazem disso pesado débito “ao destino”.
Destino, contudo, é expressão humana, atribuindo sorte ou azar à vida física, dando assento ao acaso.
Esses quatro vocábulos perderam credibilidade quando Allan Kardec codificou o Espiritismo, unificando racionalmente seus significados, sob a processualística da Lei da Justiça Divina: plantação e colheita — livre aquela, compulsória, esta.
Tal entendimento demite a revolta, ao tempo que substitui queixa pela resignação.
Pelas reencarnações, sob a égide da Lei de Ação e Reação (que Jesus magnificou: "A cada um, segundo suas obras"), a Vida é uma infinita peça a ser tecida. Além do tear, fios e excelsos modelos, DEUS coloca incessantemente  à disposição de cada um de nós pacientes mestres e supervisores a nos ensinar a fiar o bem.
Empregar os meios, ouvir os mestres e copiar seus modelos — tudo isso é da nossa opção, com aprendizado no bem em quantas aulas (reencarnações) nós próprios decidirmos. 
Perceberemos, afinal, que cada Espírito —e apenas ele— é o tecelão do próprio destino.
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(Parte da “Introdução” do livro “Os tecelões do Destino”, Eurípedes Kühl, 2001, Editora Petit, SP/SP).
- Delicado romance sobre uma jovem, bela e rica, ante a surpreendente descoberta de sua mediunidade, a partir da sua festa dos quinze anos;

- De quebra, trajetória de um político...

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sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Conto - Âncora a bombordo


Navegadores da Vida: Jesus, o timoneiro!

Mar sereno, enfeitado de luar.
Águas ligeiramente onduladas, plácidas, calmas, infinitas...
Terra longe.
As estrelas, pontuais, enviavam seu “boa noite” a um rústico e pesado navio cargueiro, que em rota definida, tracejava um sulco onde a luz lunar como que abria uma estrada no mar, com espumas brilhantes constituindo invulgar cenário de beleza e imensidão.
Estrelas, todas, vigilantes e orientadoras.
O navio, há muito flutuando em águas de alto mar, mantinha-se em equilíbrio e em bom nível de flutuação.
Ninguém sabia, a bordo, qual a profundidade que ocultava-se após a imensa lâmina de água.
Seguia o navio.
Dormia a maior parte da tripulação.

Eis que, quase imperceptivelmente, o cenário foi se mudando.  Pequenas nuvens começaram por encobrir as estrelas, que deixaram de ser vistas. A brisa das altas horas acentuou seu influxo e com o acréscimo de inesperada energia, as águas iniciaram movimentos mais rápidos, desencontrados. Da placidez, passou-se à turbulência.
Foi nesse tempo que a tripulação, alertada pelos plantonistas, acordou sobressaltada e veio para o convés.
O navio, de boa e reforçada construção, suportou estoicamente os embates violentíssimos das ondas, já agora transformadas em vagalhões indomáveis.
O que ficou prejudicado e em iminente perigo foi o equilíbrio do barco, demonstrando, sem dúvida, que logo emborcaria ou soçobraria.
Então, um humilde marujo procurou o capitão comandante e sugeriu, entre tímido e convicto, que a solução para o reequilíbrio da nau talvez fosse lançar âncoras, não só na proa, como na popa, a estibordo e a bombordo.
Sim!
Aquele navio era um barco que visitava países do mundo todo oferecendo âncoras, comerciando-as para uma indústria estaleira de grande porte. E o navio, para as demonstrações que realizava em vários ancoradouros, às vezes lançava âncoras, nele previamente instaladas, nos seus quatro pontos cardeais.
O comandante, homem experiente e prudente, viu na ideia a solução. Pelos menos, a única possível naquele momento. E ordenou: “âncoras a bombordo, a estibordo, popa e proa!”
Âncoras lançadas, o grande navio com isso equilibrou-se, passando a sentir alívio das formidáveis pressões da massa d’água se deslocando e abalroando-o, e manteve-se à tona, até de manhã, hora em que o tempo amainou.
Como veio, a tormenta foi.
E o grande barco continuou sua viagem.

Navegadores da Vida: quando o mar das inclemências individuais nos ameaçar, na nossa grande viagem que é a existência, tenhamos âncoras para lançar.
Tanto quanto nosso Norte é sempre espiritualmente magnetizado pela vinda do Grande Timoneiro, há quase dois mil anos, também temos o timão da alma, que pode e deve ser manobrado pelo comandante que temos alojado na consciência.
As âncoras, no mínimo quatro, podem ser comparadas a um procedimento moral, necessariamente evangélico, para poderem produzir segurança.
São elas, as quatro âncoras: Amor, Humildade, Tolerância, Trabalho.
São âncoras de luz!
Da mesma forma como nas noites o mar encapelado crispa ondas em volta dos barcos, na viagem da nossa existência pelo mar da vida, por vezes também somos envolvidos por embates a nos ameaçar a paz, podendo desordenar nosso viver.
É na hora dessas tempestades na escuridão que aquelas quatro âncoras podem nos salvar, além de iluminar a vida.  É só serem lançadas...
Ventos e ondas são nossas dívidas que comparecem reclamando reequilíbrio da balança cármica.
Estrelas são os Mensageiros Celestiais que sempre nos orientam, mas que nem sempre nossos defeitos, quais nuvens cinzentas, nos permitem vislumbrá-los.
Somos navios bem feitos, porque feitos no Estaleiro Universal.  Divino! Os marujos plantonistas são nossos aprendizados cristãos.
Se navegar é preciso sigamos para o porto onde nos aguardam bons negócios, isto é, vamos onde possamos exercitar o dom sublime do intercâmbio com outros povos e outras gentes. Com certeza, lá nos esperam almas sequiosas por algo que tenhamos a lhes oferecer e almas outras que estão com muitas saudades da nossa presença, para eles, incomparável.
Jesus é um dos que nos aguardam lá, e desde já podemos reconhecê-lo, mesmo ainda distantes, pois Ele é o farol do mundo.

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(Mensagem psicográfica, autor espiritual Van der Goehen; médium Eurípedes Kühl, livro "Âncoras de Luz", 2003, Editora LEB - Bagé/RS  -  edição esgotada)


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