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domingo, 12 de agosto de 2018

Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça...


13.08.18

(Mateus, 5-10)

... porque deles é o Reino dos Céus.
De início, parece contraditório dizer que aquele que vivencia e prega a justiça seja perseguido, quando, na verdade, deveria ser enaltecido. Isso acontece no dia a dia, muitas vezes...
Inúmeras vezes uma pessoa age da maneira correta, da forma como considera justa, e é mal interpretado.
Cito alguns exemplos, dentre incontáveis situações:
- quando não concordar com seu grupo, numa ação cruel;
- quando o aluno recusar convite do colega, para juntos “colarem” numa prova;
- quando o homem de bem, que enfrenta e contraria multidão furiosa e socorre um ladrão atropelado, ferido, com dores;
- quando a pessoa tem um desafeto e convida amigo para ajudá-lo numa vingança, sendo negado e ainda aconselhado ao perdão.
Nessas ações, nas quais a justiça é praticada, aquele que respeita a Deus e ao próximo passa a ser criticado, numa flagrante inversão do bom senso. Não raro, é perseguido, às vezes até com violência...
No entanto, penso que a proposição de Jesus, ao proclamar essa bem-aventurança, alerta a todos que tenham oportunidade de praticar um ato de justiça, que jamais deixem de fazê-lo, pois incompreendidos aqui, serão reconhecidos no Reino de Deus.

“Justiça”, aqui, compreendida como ato de caridade, amor.

domingo, 5 de agosto de 2018

Bem-aventurados os que promovem a paz...


06.08.18

(Mateus, 5-9)

... porque serão chamados filhos de Deus.
Paz, segundo comentaristas internacionais, é talvez a palavra mais pronunciada no planeta Terra...
Entretanto, é a menos praticada, a mais difícil de ser encontrada, pois o mundo vivencia guerras sobre guerras, isso, há séculos.
Por incontáveis vezes Jesus pronunciou essa sublime palavra: paz! Disse:
“A minha paz vos deixo. A minha paz vos dou, não vo-la dou como o mundo a dá. Não se perturbe nem se intimide vosso coração (João, 14-27)”.
Referia-se o Mestre à paz que um dia reinará neste mundo: todos perdoando, compreendendo mais aos outros, tolerando-se mutuamente, principalmente quando junto da família, ou no exercício de nossa profissão, ou na nossa vida em sociedade.
Na lar, em particular, reside (sem trocadilhos) a maior oportunidade de conquistar a paz: quando formos pacientes com o marido ou a esposa incompreensivos, ou com os filhos ingratos, ou ainda, na convivência com parentes difíceis.
Isso significa claramente que a paz é conquista individual, e quando for praticada por todos a Humanidade encontrará a felicidade. Daí, deduzo que, aquele que consegue praticar a paz, senão em tempo integral, ao menos na maioria das vezes em que estiver em/ou diante de conflito, esse terá alcançado o mérito referido por Jesus: ser chamado “filho de Deus”.

domingo, 22 de julho de 2018

Bem-aventurados os misericordiosos...




23.07.18

(Mateus, 5-7)

... porque alcançarão misericórdia.
Misericórdia significa amor incondicional!
Tal é o Amor que Deus, nosso Criador, tem para conosco, desde nossa criação, até o infinito, na marcha evolutiva que cada Espírito segue, rumo à perfeição possível.
Deus, ao nos criar, concede-nos a imortalidade, com a qual passamos por diversos reinos, até alcançarmos, como atualmente, o da inteligência, de par com o livre-arbítrio e a consciência. Com esses três atributos, temos permanentes oportunidades de evolução, sendo os únicos responsáveis por todos os nossos atos...
Jesus sempre agiu com misericórdia. Sempre! E aconselha-nos agir com misericórdia, assegurando que, em contrapartida, também alcançaremos misericórdia. Isso é da Grande Lei do Amor!
O Espírito só consegue viver e progredir em sociedade.
Em contato, uns com os outros, sempre aprendendo, por vezes agimos de forma a maltratar o próximo, gerando para nós próprios, débitos a serem quitados, segundo a Lei de Ação e Reação, subordinada à Lei de Justiça Divina.
Assim como a Misericórdia do Criador nos possibilita incessantes meios de resgate de nossos erros, também devemos perdoar àqueles que nos tenham causado qualquer  sofrimento.
Perdoando, também seremos perdoados...
O exemplo máximo que me ocorre de como age o misericordioso,  deu-nos o Excelso Mestre quando, crucificado, antes de expirar, em cruel sofrimento, preocupou-se com os que o maltratavam e proclamou:  “Perdoai-os, Pai, porque eles não sabem o que fazem”.

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça...


16.07.18

(Mateus, 5-6)

... porque serão saciados.
Esta bem-aventurança é destinada às pessoas que de alguma forma se sintam injustiçadas e estejam procurando correção do que as aflige. Essa é uma dor da alma.
Jesus afirma que encontrarão felicidade (bem-aventurança) aqueles que, “famintos e sedentos” de justiça, confiem na Justiça Divina, mantendo-se em atitude de serenidade, sem revolta.
A oração fervorosa dará aos que estejam sofrendo injustiça(s), sem culpa formada, a resignação de que nada acontece sem que a misericórdia de Deus prevaleça!
E o Criador formulou Leis Divinas, abençoadas, infalíveis, que a todos alcançam, de forma que a cada um seja dado, de retorno, exatamente segundo suas obras, no dizer reconfortante e pacificador do Mestre Jesus.
“Fome” e “sede”, aqui, induzem a razão e o bom senso a meditar que vivenciar qualquer injustiça, representa uma fase, na qual se estará quitando algum erro, com dano ao próximo, ou a si mesmo, por imprudência ou desrespeito à Vida.
E como já está bem esclarecido, se há aparente injustiça, na verdade o que acontece é a devida reparação de algo que, se não nasceu nesta existência terrena, só pode ter sido em outra.
E agora, aproveitando a misericordiosa oportunidade de quitação,  o que estiver grato ao Pai, não tardará a “ser saciado”.

segunda-feira, 2 de julho de 2018

Bem-aventurados os mansos...


02.07.18

(Mateus, 5–4)


... porque herdarão a Terra”.
Os ensinamentos de Jesus, que passaram para a História como o “Sermão da Montanha”, ou “Sermão do Monte”, são exortações aos que sofrem, mas que amam e confiam em Deus.
Essas lições (as bem-aventuranças) aos Seus discípulos e às multidões, eram coisas totalmente “fora de propósito”, se considerarmos as normas do Império Romano, de então.
No tempo de Jesus, o Império Romano, que conquistara vastas regiões, Judeia e Galileia inclusive, subjugava os povos conquistados. Desobediências, não raro, resultavam em punições cruéis, quando não, a morte...
Nessa segunda bem-aventurança, das nove, o Sublime Mestre afirmou que a Terra seria dos mansos, ao contrário de como pensavam e viviam as autoridades romanas e doutores da lei, com grande poder.
À época, “ser manso” era tido pela maioria, como aliás é até hoje, como fraco, sem coragem.
Contudo, a mansuetude proclamada por Jesus, certamente se referia à aceitação das dificuldades terrenas, fé na Justiça Divina, às vezes diante até mesmo de provações, vivenciadas com resignação, sem revolta ou blasfêmia.
Assim, como Jesus exemplificou inúmeras vezes, ser manso, então, seria ter confiança na Bondade do Criador, do que resultaria “ganhar a Terra”, isto é, ser herdeiro de um mundo melhor, ou seja, um mundo de regeneração.
Tais lições eram insuportáveis para os conquistadores, que se julgavam “os donos eternos do mundo”...
Essas afirmações levaram Jesus a ser considerado um “agitador”, pelo que foi declarado pelas autoridades como “inimigo de Roma”, isto é, contrário à realidade vivenciada pelo Império.
Estando Jesus na Judeia, que tinha Jerusalém como capital e Pôncio Pilatos como governador romano, não tardou e o Excelso Mestre foi condenado à morte.

Justamente Jesus, que foi o exemplo máximo de mansidão...

segunda-feira, 25 de junho de 2018

Bem-aventurados os pobres de espírito


25.06.18

(Mateus 5-3)

Iniciarei a partir de hoje (25.06.18), às 2ªfeiras, humildes comentários sobre o “Sermão da Montanha”, proferido por Jesus, referente às nove bem-aventuranças.

Após ter vivenciado incontáveis exemplos de humildade, de amor a Deus e ao próximo, quebrando protocolos da época, e modificando pensamentos religiosos enraizados na mente humana das multidões que o ouviam e seguiam, o Mestre ensinou-lhes sublimes conceitos sobre como conquistar a felicidade, isto é, o Reino de Deus. Inaugurou esse abençoado sermão elegendo a “pobreza de espírito”  como a primeira bem-aventurança:
Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus (Mateus, 5-3)

Jesus se referia aos humildes, aqueles que sabiamente compreendem que pouco sabem, quase nada, comparativamente à grandeza da Sabedoria do Supremo Criador, das sublimidades das Leis Divinas, e do Reino dos Céus.
Por isso, a pobreza de espírito referida por Jesus nada tem a ver com a pobreza material, e sim, com a pobreza espiritual, aquela que pelo orgulho e egoísmo  leva tantos a se julgarem superiores, infalíveis, sábios, invencíveis e “donos do mundo”.
Cito dois pequenos exemplos de como praticamente nada sabemos sobre a Criação, suas Leis e o Universo:
a. No micro: quem ensinou as formigas a realizarem seu incomparável trabalho?
b. No macro: como, quando e qual a procedência da matéria com a qual Deus criou as milhões e milhões de galáxias?
Assim, ser “pobre de espírito” é amar a Deus, à Natureza, ao próximo e a toda Criação, praticar a caridade e ter na Fé da Justiça Divina. É o encontro da paz.